Resumo
- O Google anunciou no I/O 2025 que o Gemini agora detecta emoções no tom de voz do usuário.
- O chamado Diálogo Afetivo ocorre no uso do Gemini Live, que passa a ser gratuito, e permite interações por voz, compartilhamento de tela e orientações sobre sotaque.
- Para desenvolvedores, há novos recursos como resumos via Gemini API e Vertex AI, além do suporte ao Model Context Protocol (MCP) para integrações com código aberto.
O Google apresentou hoje, durante o evento I/O 2025, diversas novidades para as ferramentas de inteligência artificial da empresa. O foco está principalmente no Gemini, modelo amplo de linguagem que foi implementado numa série de produtos e serviços. Agora, a IA será capaz de detectar emoções no tom de voz do usuário. Seu app oficial é utilizado por 400 milhões de usuários mensais.
De acordo com a empresa, o chamado Diálogo Afetivo ocorre durante o uso do Gemini Live (acessível tanto pelo celular quanto pelo computador). A pessoa interage com voz e o Gemini responde de volta, moldando-se ao momento vivido pelo ser humano.
Os usuários também poderão dar orientações sobre a voz do próprio Gemini, com modificações de sotaque, estilo de fala e até dramaticidade. A novidade chega a 24 idiomas (não sabemos se inclui o português do Brasil) e, segundo a fabricante, a IA é capaz até mesmo de transitar entre várias línguas.
Já uma nova função chamada Áudio Proativo saberá quando há sons de fundo ou mesmo outras pessoas falando. Com isso, o Gemini poderá responder diretamente às interações com o usuário principal.
Gemini Live para todos
Citamos acima a ferramenta Live e é importante mencionar que agora ela está disponível de graça para todos, inclusive a opção de compartilhar a tela ou abrir a câmera. O Google explica que os usuários poderão mostrar o mundo para o Gemini e pedir conselhos. Num dos exemplos, um pai mostra um projeto de ciências e pergunta como tornar a construção mais forte, para que não se desfaça com o tempo.
A empresa também anunciou a futura integração do Gemini Live com outros produtos Google. “Planejando uma noite com seus amigos? Discuta os detalhes com o Gemini Live e ele automaticamente cria um evento no seu Google Agenda.” O Google não revelou o cronograma para que isso aconteça.
Gemini no Chrome
O Gemini também chega ao navegador Chrome, do próprio Google. As primeiras ferramentas de IA embutidas no software permitem resumir o texto da página ou fornecer dados adicionais. “No futuro, o Gemini vai funcionar em múltiplas abas e navegar em sites por você”, promete a empresa.
Esse recurso inicialmente chega aos usuários dos Estados Unidos, na versão do Chrome para desktop. Há ainda outras limitações: o idioma do Chrome deve estar em inglês e os clientes precisam ser assinantes do Google AI Pro ou Google AI Ultra.
Chegada do Gemini 2.5 Flash
O modelo 2.5 Flash estava em testes e agora se torna disponível para todos na plataforma. A ideia é fornecer uma ferramenta desenvolvida com foco em velocidade e baixo custo. De acordo com o Google, a nova versão Flash utiliza entre 20% e 30% menos tokens.
Já o 2.5 Pro ganha a adição do modo Deep Think, projetado para tarefas de raciocínio lógico. O Google disse hoje, durante o I/O 2025, que os usuários perceberão avanços principalmente em atividades envolvendo matemática ou programação. “Ele usa novas técnicas de pesquisa que permitem ao modelo considerar múltiplas hipóteses antes de responder.” O 2.5 Pro Deep Think obteve notas elevadas em benchmarks como o USAMO e o LiveCodeBench.
O Google também voltou a bater na tecla de que o modelo Gemini 2.5 Pro se sai bem em testes de desempenho. Ele está disponível para assinantes de planos específicos, enquanto o Flash será liberado para todos.
Recursos para desenvolvedores
O evento Google I/O tem como público-alvo desenvolvedores e profissionais do mercado de tecnologia. Assim sendo, a empresa aproveita para fazer anúncios direcionados a esta categoria, como a inclusão de resumos quando os devs usarem 2.5 Flash ou Pro na Gemini API ou no Vertex AI.
A empresa anunciou suporte a nível de SDK para as definições do Model Context Protocol (MCP) na Gemini API. A ideia é facilitar a integração com ferramentas open source. “Também estamos explorando materiais de implementar servidores MCP e outras ferramentas armazenadas, de modo que seja mais fácil para você construir aplicações com agentes.”
