Resumo
- Google reforçará a Proteção contra Redefinição de Fábrica (FRP) no Android, tornando mais difícil restaurar aparelhos roubados.
- Durante a reconfiguração, será exigida autenticação da conta original. Se os dados não coincidirem, o procedimento de restauração não será finalizado.
- O bloqueio remoto também será aprimorado com a adição de uma pergunta de segurança para dificultar o desbloqueio por terceiros.
O destino de um celular roubado ou furtado muitas vezes consiste no seu reaproveitamento a partir de um “reset”, isto é, de um procedimento que restaura o aparelho para as suas configurações de fábrica. Ciente do problema, o Google anunciou medidas para dificultar essa prática no Android.
Não, o Google não irá impedir a redefinição do dispositivo se você quiser vendê-lo ou simplesmente “zerá-lo” na tentativa de melhorar o seu desempenho, por exemplo.
Em circunstâncias de uso legítimo, o procedimento de restauração pedirá que você informe a sua conta no Google durante a reconfiguração do Android. Mas, se as credenciais informadas forem diferentes da conta cadastrada anteriormente ou se o usuário anterior não tiver desassociado a sua conta do aparelho antes do reset, o procedimento não poderá ser finalizado.
Isso se a Proteção contra Redefinição de Fábrica (FRP, na sigla em inglês) estiver ativada no smartphone ou tablet. Esse mecanismo existe desde o Android 5.1 e é justamente ele que será reforçado, de acordo com o Google.
Como a Proteção contra Redefinição de Fábrica será melhorada?
O Google ainda não deu os detalhes. A companhia informou apenas que, ainda em 2025, reforçará as proteções contra a redefinição de fábrica de modo a restringir “todas as funcionalidades em dispositivos que forem redefinidos sem a autorização do proprietário” (ou seja, não forem devidamente autenticados).
Apesar de ainda fazer mistério sobre o assunto, a companhia liberou uma imagem mostrando que, se a autenticação do usuário falhar durante a redefinição do celular, o Android exibirá um aviso informando que o uso do dispositivo só será possível se uma nova redefinição for feita.
No novo procedimento, a autenticação deverá ser executada corretamente. Se houver uma nova falha, o Android exibirá o mesmo aviso e o ciclo se repetirá. Com isso, será impossível utilizar o aparelho, a não ser que esse mecanismo seja burlado de alguma forma.
De modo complementar, o Google informou que também reforçará o recurso de bloqueio remoto com o acréscimo de uma pergunta de segurança, “ajudando a prevenir ações não autorizadas”.
Quando? O Google apenas informou que liberará os novos recursos de segurança ainda neste ano. É de se presumir que eles serão introduzidos junto com o lançamento do Android 16 que, aliás, receberá um visual novo.
Essa novidade vem na esteira de outro anúncio recente de segurança: o Google promete deixar o Android mais inteligente na detecção de fraudes por SMS.
