MJSP dá 6 meses para proposta de verificação de idade online

O comitê criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para discutir a verificação de idade da internet terá seis meses para apresentar uma proposta. O prazo consta na portaria que detalha as atividades do grupo, divulgada pelo órgão nesta segunda-feira, 14.

A ideia é criar mecanismos de controle para que conteúdos inadequados para determinadas faixas etárias não cheguem até crianças e adolescentes, aliados à mediação parental, como adiantou a secretária de Direitos Digitais do MJSP, Lílian Cintra, no anúncio da ação na última semana.

Conforme a norma publicada no Diário Oficial da União, o comitê terá caráter consultivo, e deve formular uma “proposta de metodologia e requisitos mínimos de verificação etária em serviços digitais”.

Entre os princípios e diretrizes a serem seguidos está o da “autonomia progressiva e da liberdade de expressão e opinião de crianças e adolescentes” , da “proporcionalidade aos riscos”, além das “boas práticas e recomendações internacionais nos campos da regulação e de normalização”.

Composição

O comitê consultivo será coordenado pela Secretaria de Direitos Digitais e composto por:

  • um representante da Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação da Secretaria-Executiva;
  • um representante da Coordenação de Política de Classificação Indicativa da Secretaria Nacional de Justiça;
  • um representante da Secretaria Nacional do Consumidor;
  • um representante da Autoridade Nacional de Proteção de Dados; e
  • cinco representantes de organizações da sociedade civil ou especialistas de reconhecida atuação no tema.

A norma permite que sejam convidados a fazer parte das discussões representantes de outros órgãos e entidades públicos ou privados, inclusive internacionais, “cuja presença pontual seja considerada necessária”.

Canal de denúncia

A metodologia de verificação etária na internet faz parte da Estratégia de Justiça e Segurança Pública para Proteção de Crianças e Adolescentes, que lista 45 medidas, sendo três delas voltadas para o contexto digital.

A segunda ação, que ocorre em paralelo, compreende um conselho consultivo para formulação de proposta de metodologia e fluxo centralizado de recepção de denúncias de crimes digitais contra crianças e adolescentes, com participação da Polícia Federal e Unicef, e que também será coordenado pela Secretaria de Direitos Digitais, com seis meses para conclusão.

A terceira medida é o fomento à prevenção por meio de ações de sensibilização e de atuação conjunta com o setor privado, o que inclui a continuidade do diálogo frequente que o MJSP realiza com representantes de plataformas digitais.

Imagem principal: Fachada do Palácio da Justiça. Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

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