A Microsoft anunciou que encerrará a API do mecanismo de buscas Bing em 11 de agosto de 2025. Com isso, apps e serviços independentes não poderão mais exibir resultados de pesquisas usando essa plataforma.
A mudança foi anunciada pela Microsoft em um comunicado na página de atualizações do Azure. Para substituir o Bing, a empresa sugere usar os agentes de inteligência artificial de seu serviço de nuvem. Segundo a companhia, eles “incorporam dados públicos da web em tempo real ao gerar respostas usando um LLM [modelo de linguagem em larga escala]”.
Isso pode atingir o DuckDuckGo?
O DuckDuckGo é provavelmente o serviço mais famoso a utilizar os resultados do Bing. O serviço, porém, não será afetado: o porta-voz Kamyl Bazbaz afirmou à Wired que o buscador continuará com esse acesso, mesmo após o dia 11 de agosto. “Eles estão desligando apenas a versão ‘self-service’”, explicou o representante.
Brian Brown, líder de negócios do buscador Brave, afirma que algumas empresas fecharam contratos de longo prazo com a Microsoft e continuarão tendo acesso às APIs. O Brave, mantido pela mesma empresa responsável pelo navegador de mesmo nome, deixou de usar os resultados do Bing em 2023, após desenvolver sua própria tecnologia.
Quem pode ser afetado?
Portanto, quem corre mais risco são os pequenos e médios desenvolvedores. A situação deles já não era nada boa: desde o lançamento do ChatGPT, os preços da API do Bing ficaram até 10 vezes mais caros. Além disso, a Microsoft já vem cortando o acesso de pequenos devs, de acordo com uma fonte ouvida pela Wired.
Já a IA sugerida pela Microsoft está praticamente fora de questão, segundo desenvolvedores. Ela escreve respostas, sem dar uma lista de links, e é otimizada para funcionar apenas em certas circunstâncias. Além disso, os profissionais apontam que essa solução tem uma integração mais restrita e menos flexível.
E o Google?
Uma alternativa seria migrar para a API do Google, mas os profissionais dizem que ela tem uma série de limitações. Mesmo assim, existe a possibilidade de a empresa ser obrigada pelas autoridades dos Estados Unidos a compartilhar mais dados, como forma de remediar as práticas anticompetitivas. A Justiça dos EUA considerou que o Google tem o monopólio do mercado de buscadores.
Com informações da Wired, The Verge e Azure
