O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estendeu o prazo para definir a situação do TikTok (Android, iOS) no país – se é vendido para uma empresa norte-americana ou é banida – por mais 75 dias. A definição deveria acontecer neste sábado, 5.
Em comunicado na sua rede social, Truth Social, Trump disse que o acordo sobre o TikTok “exige mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas”. A prorrogação do prazo permitirá que a rede social chinesa continue operando por mais 75 dias, afirmou. O novo prazo vai até meados de junho.
“Esperamos continuar trabalhando de boa fé com a China, que, pelo que entendo, não está muito satisfeita com nossas Tarifas Recíprocas (necessárias para um comércio justo e equilibrado entre a China e os EUA!)”, escreveu Trump na postagem.
De acordo com a CNBC, a ByteDance mantém conversas com o governo dos EUA, acrescentando que qualquer acordo estará sujeito à aprovação conforme a legislação chinesa.
O prazo original para a venda do TikTok era 19 de janeiro, mas Trump assinou uma ordem executiva ao assumir o cargo no dia seguinte, concedendo à empresa mais 75 dias para fechar um acordo. Embora a lei penalize provedores de internet e donos de lojas de aplicativos, como Apple e Google, por hospedarem e oferecerem serviços ao TikTok nos EUA, a ordem executiva de Trump instruiu o procurador-geral a não aplicá-la.
Tentativas de compra e boatos
Recentemente, de acordo com o jornal New York Times, a rede social teria recebido uma oferta de aquisição da Amazon.
Mas há rumores de tentativas de compras desde 2020, quando a rede social chinesa foi pressionada pela primeira vez a ser vendida a investidores norte-americanos. À época, a Microsoft e o Walmart teriam feito uma oferta.
O app também esteve na mira do bilionário Frank McCourt e de Jesse TInsley, fundador da Employer.com, empresa de processamentos de pagamentos.
Relembre o caso do TikTok nos EUA
Em 2020, o então presidente Donald Trump, iniciou o processo de banimento do TikTok nos Estados Unidos, com a tentativa de impedir que pessoas baixassem o app nas lojas e forçar a ByteDance a vender a rede social para investidores norte-americanos.
Houve especulações de que a Microsoft compraria a rede social de vídeos curtos. Depois, Oracle e Walmart entraram na jogada, inclusive com a contrapartida sugerida por Trump de que o tesouro norte-americano ficaria com uma porcentagem da venda.
Já no fim da administração de Joe Biden, em abril do ano passado, o então presidente sancionou a lei que forçaria a ByteDance a encontrar em um ano – a contar da sanção presidencial – um comprador para a rede social que fosse de confiança para o governo estadunidense.
À época, o chefe de políticas públicas do TikTok para as Américas, Michael Beckerman, afirmou que a empresa iria lutar contra a lei nos tribunais alegando ser uma violação à liberdade de expressão de seus usuários.
Nessa disputa, o app chinês tentou apelar na justiça pelo fim do banimento, mas não obteve sucesso.
No início da segunda administração de Trump, com um novo discurso, o presidente dos EUA suspendeu a aplicação da proibição da rede social por meio de uma ordem executiva. No entanto, Apple e Google relutaram em voltar com o TikTok às lojas de aplicativos até terem certeza de que não estariam violando a lei. Assim, em 14 de fevereiro deste ano, o app voltou à Google Play e à App Store.