Imagem: Divulgação/Warner Bros.
Lançado nos cinemas brasileiros no dia 17 de abril, o filme de terror Pecadores já pode ser considerado um dos maiores sucessos de 2025. Dirigido e roteirizado por Ryan Coogler (Creed), ele traz Michael B. Jordan e Miles Caton em uma trama que mistura vampiros, membros da KKK e o racismo do início do século XX.
Produzido com um orçamento de somente US$ 90 milhões — baixo para os padrões atuais de Hollywood —, o longa tem o potencial de mudar a maneira como toda a indústria funciona. Caso outros criadores sigam os termos que Coogler estabeleceu com a Warner, o título pode mudar bastante a balança de poder entre mentes criativas e executivos.
Como Pecadores pode mudar Hollywood?
Um dos elementos que tem ajudado Pecadores a chamar atenção é o fato de ele ter acumulado mais de US$ 121 milhões na bilheteria mundial em somente duas semanas. O valor é considerado bastante alto para uma produção de terror, gênero que é conhecido por ter um alcance mais limitado nos cinemas.
Muito do sucesso do filme é fruto do boca-a-boca, que cresceu diante da possibilidade de ele ser retirado de algumas redes comerciais em breve. As exibições em IMAX têm sido bastante concorridas, diante das perspectivas de as salas do tipo retirá-lo de circulação na próxima semana para se focar na exibição de Thunderbolts.
Confira outras características que têm tornado Pecadores único:
- Ele arrecadou US$ 48 milhões em sua semana e US$ 45 milhões na segunda, uma queda de somente 12%;
- Essa é a segunda queda mais baixa de qualquer filme nos Estados Unidos desde Avatar, lançado em 2009;
- O filme é baseado em uma história original, em um momento no qual Hollywood aposta em cada vez mais continuações;
- Ele não segue as regras de nenhum gênero, misturando elementos de terror, thriller, drama histórico e musical;
- Ryan Coogler teve liberdade criativa total para fazer o filme;
- Os direitos completos sobre Pecadores vão voltar ao diretor daqui a 25 anos, em 2050.
É justamente o acordo que o diretor fez com a Warner sobre os direitos do filme que pode mudar totalmente Hollywood. Embora 25 anos seja bastante tempo, esse acaba sendo um intervalo relativamente curto para uma indústria que gosta de explorar franquias de sucesso durante décadas — Star Wars e os filmes da Marvel e DC são um ótimo exemplo disso.
Ao conseguir colocar esses termos em contrato, Coogler garantiu não somente que os royalties futuros de sua obra vão voltar para ele, como impediu que Pecadores se transformasse em outra “franquia infinita”. Para o diretor, isso foi especialmente importante em nível pessoal, já que o roteiro tem muitos elementos autobiográficos sobre sua família.
Longa é sucesso de crítica e público
A maior prova de que a Warner Bros. foi certeira em apostar no filme de Coogler — apesar de ele arriscar o futuro da maneira como ela trabalha — é seu sucesso entre a crítica e o público. No Rotten Tomatoes, ele tem 98% de aprovação dos reviews profissionais e 97% da audiência do site, um feito bastante raro.
Confira o que estão falando sobre o título:
- “Ryan Coogler e Michael B. Jordan entregam um filme de vampiro para todas as idades” – Mashable;
- “Pecadores é um pouco confuso, mas a segurança e a visão de Coogler mantêm tudo unido:” – Observer;
- “É tanto uma meditação extremamente ambiciosa sobre a história americana quanto um momento de pura diversão” – Slate;
- “Se pecadores é confuso às vezes, também é glorioso. Coogler está indo muito além dos limites de uma franquia” – Rolling Stone.
O longa-metragem continua disponível nas principais redes de cinema do Brasil, sendo recomendado para todos que ainda não deram uma chance a ele. Ele deve chegar futuramente ao catálogo do streaming Max, mas a expectativa é que vai ser preciso esperar pelo menos até setembro.
Comente nas redes sociais do Minha Série! Estamos no Threads, Instagram, TikTok e até mesmo no WhatsApp. Venha acompanhar filmes e séries com a gente!