O sistema operacional Android é um software de código aberto baseado em Linux. A plataforma projetada para dispositivos móveis tem a função de gerenciar os recursos de hardware e software, permitindo que os usuários interajam com aplicativos e funções.
No primeiro trimestre de 2025, dados do Statista indicaram que mais de 70% dos celulares no mundo executam o Android. Essa popularidade está relacionada à sua flexibilidade, a presença em uma grande variedade de dispositivos e a ampla gama de aplicativos na Google Play Store.
A seguir, entenda melhor o que é Android, sua história, versões e outras curiosidades.
O que é Android e para que ele serve?
O Android é um sistema operacional móvel de código aberto desenvolvido pelo Google, construído sobre o kernel Linux. Inicialmente pensada para celulares e tablets, a plataforma se expandiu para smartwatches, smart tvs, aparelhos da Internet das Coisas e outros dispositivos.
Basicamente, o Android serve como a base de software que possibilita a interação entre o usuário e o hardware do dispositivo. Ele permite acessar aplicativos, serviços e funções, tornando o aparelho útil para diversas tarefas.
O que significa Android?
Android, ou “Androide” em português, é o termo usado para se referir a robôs humanoides. Em geral, seres movidos por inteligência artificial capazes de realizar ações iguais seres humanos.
Curiosamente, o significado de Android está relacionado ao apelido do criador do sistema operacional: Andy Rubin. O cientista de computação estadunidense recebeu esse apelido devido à sua paixão por robôs quando trabalhava na Apple em 1989.
Qual é a história do Android?
A história do Android tem início em 2003, com a fundação da startup Android Inc. A empresa inicialmente atuava no desenvolvimento de sistemas operacionais para câmeras digitais, mas optou por criar uma plataforma de código aberto para dispositivos móveis.
Em 2005, o Google adquiriu a Android Inc. como um movimento estratégico para entrar no mercado de smartphones com um sistema operacional próprio. Em novembro de 2007, a big tech anunciou o Android como uma solução de software com padrões abertos visando inovar a indústria móvel.
O Android 1.0, primeira versão comercial do SO, foi lançado juntamente com o smartphone HTC Dream – ou T-Mobile G1 – em setembro de 2008. O dispositivo combinava uma tela touchscreen com um teclado físico e trazia os serviços essenciais do Google, como Gmail, Maps e YouTube.
Desde a estreia, a história do Android é marcada pela evolução constante a cada nova versão. Além disso, as parcerias do Google com grandes fabricantes de celulares, como Samsung e Motorola, ajudaram a expandir a presença global do sistema operacional e estar presente em mais de 70% dos dispositivos móveis no mercado mundial.
Quem criou o Android?
O sistema Android foi criado por um grupo de programadores liderado por Andy Rubin. Embora o título de “criador do Android” seja frequentemente associado a Rubin, o projeto teve a importante participação dos cofundadores da Android Inc.: Rich Miner, Nick Sears e Chris White.
Quando o Android foi criado?
O desenvolvimento do sistema Android teve início em abril de 2004. Neste período, a equipe da Android Inc. optou em focar na criação de um software de código aberto voltado para dispositivos móveis.
Embora a criação conceitual e o desenvolvimento inicial tenham ocorrido em 2004, a primeira versão beta pública do Android foi revelada somente em novembro de 2007. Cerca de um ano mais tarde, em setembro de 2008, o sistema operacional foi lançado oficialmente.
Qual é a linha do tempo da evolução do Android?
A evolução do Android, desde sua primeira versão em 2008, é marcada por atualizações anuais com nomes de doces. Confira a linha do tempo:
- Android 1.0 (2008): primeiro Android comercial incluía um conjunto de aplicativos básicos do Google (Gmail, Maps, Calendário e YouTube);
- Android 1.5 – Cupcake (abril de 2009): introduziu o teclado virtual na tela e a estrutura para widgets de apps de terceiros;
- Android 1.6 – Donut (setembro de 2009): adicionou suporte para diferentes resoluções de tela e redes CDMA;
- Android 2.0 – Eclair (outubro de 2009): recebeu o recurso de zoom com movimento de pinça, navegação por voz e compatibilidade com Bluetooth 2.1;
- Android 2.2 – Froyo (maio de 2010): adicionou dock de apps na parte inferior da tela, suporte para comandos de voz pelo ícone de microfone e Adobe Flash Player;
- Android 2.3 – Gingerbread (dezembro de 2010): incluiu novas opções de cores na interface – preto e verde – e suporte a NFC;
- Android 3.0 a 3.2 – Honeycomb (fevereiro de 2011): versão exclusiva para tablets com design holográfico e ferramentas multitarefas;
- Android 4.0 – Ice Cream Sandwich (outubro de 2011): unificou as interfaces para tablets e smartphones, adicionando suporte para reconhecimento facial;
- Android 4.1 a 4.3 – Jelly Bean (julho de 2012 – julho de 2013): introduziu o assistente pessoal Google Now e notificações interativas;
- Android 4.4 – KitKat (outubro de 2013): trouxe interface com cores mais claras, barra de status transparente e ícones brancos;
- Android 5.0 – Lollipop (2014): apresentou o comando de voz “Ok, Google”, visual Material Design e lista de “Aplicativos Recentes”;
- Android 6.0 – Marshmallow (2015): adicionou suporte para USB-C e leitores de impressão digital;
- Android 7.0 e 7.1 – Nougat (2016): incluiu o modo de tela dividida nativo e o agrupamento de notificações por aplicativo;
- Android 8.0 e 8.1 – Oreo (2017): trouxe o modo Picture-in-picture (PIP) e Projeto Treble para atualizações padronizadas para as fabricantes dos dispositivos;
- Android 9.0 – Pie (2018): substituiu os botões de navegação por um botão “Início” multifuncional e um botão “Voltar”;
- Android 10 – Android Q (2019): removeu o botão “Voltar”, introduziu tema escuro e Modo Foco;
- Android 11 – Red Velvet Cake (2020): adicionou o recurso de gravação de tela nativa e balões de bate-papo;
- Android 12 – Snow Cone (2021): trouxe maior personalização de interface, novas opções de privacidade e widget para conversas com contatos favoritos na tela inicial;
- Android 12L (março de 2022): versão otimizada para dispositivos com telas maiores (dobráveis, tablets e Chromebooks);
- Android 13 – Tiramisu (agosto de 2022): incluiu mais opções de personalização, controle sobre os dados acessadas pelos aplicativos e recursos multitarefas;
- Android 14 – Upside Down Cake (2023): adicionou suporte para áudio em alta definição (lossless);
- Android 15 – Vanilla Ice Cream (2024): introduziu novas ferramentas nativas como “Circular para Pesquisar” e “Espaço Privado” para ocultar aplicativos confidenciais.
Quando o Android se tornou popular?
O Android se tornou popular por volta de 2012 devido ao lançamento de diversos smartphones acessíveis com o sistema operacional. A estreia do Android 4.1 Jelly Bean com novas funções, como o assistente Google Now, também ajudou a atrair um público mais amplo e a ultrapassar o rival iOS da Apple em números de participação de mercado.
Por que o Android se tornou popular?
Há alguns pontos que ajudaram o Android a se tornar popular. Os principais são:
- Código aberto: a plataforma de código aberto permitiu ampla personalização por parte dos fabricantes e desenvolvedores, impulsionando inovação e variedade;
- Personalização: oferece aos usuários liberdade para adaptar a interface ao seu gosto, com temas, widgets e layouts flexíveis;
- Interface intuitiva: apresenta um design amigável e fácil de usar, com navegação fluida e acesso rápido a funcionalidades;
- Diversidade de dispositivos: disponível em diversos modelos de diferentes fabricantes, com especificações variadas e preços acessíveis;
- Ecossistema de apps: a Google Play Store oferece uma enorme seleção de aplicativos para diversas necessidades e interesses;
- Integração com o Google: o ecossistema Android é integrado com os serviços do Google, como Gmail, Maps e Google Drive, facilitando a sincronização de dados entre os dispositivos.
O Android é o sistema operacional mais usado no mundo?
Sim, dados do Statista indicam que o Android foi o sistema operacional usado por 71,88% dos aparelhos móveis em todo o mundo no primeiro trimestre de 2025. Segundo os analistas, a plataforma é a mais usada no mundo por estar disponível em uma ampla variedade de dispositivos de marcas que atingem públicos de diferentes orçamentos e necessidades.
Quais são as variações de Android existentes?
As variações de Android existentes são principalmente personalizações desenvolvidas pelas fabricantes de celulares, também conhecidas como ROMs (Read-Only Memory) customizadas. Algumas das principais são:
- Stock Android/Android One (Google Pixel/Motorola): versão do Android com poucas ou nenhuma modificação da marca, priorizando a experiência pura do sistema operacional;
- One UI (Samsung Galaxy): interface presente nos celulares e tablets Samsung Galaxy. Conhecida por funcionalidades exclusivas, como “Circule para Pesquisar”, e a integração com o ecossistema Samsung;
- MIUI/HyperOS (Xiaomi, POCO, Redmi): versões personalizadas do Android desenvolvidas pela Xiaomi. A MIUI é conhecida pela variedade de temas e recursos, enquanto o HyperOS tem foco em desempenho e integração com dispositivos Xiaomi;
- ColorOS (Oppo, OnePlus): interface com foco em personalização criada pela Oppo, usada em dispositivos da marca e da OnePlus. Ela se destaca pelos recursos de otimização de câmera;
- Realme UI (Realme): plataforma personalizada usada em aparelhos da Realme, com foco em desempenho otimizado para jogos e visual moderno;
- ZenUI (Asus): interface presente nos smartphones Asus, como a linha gamer ROG Phone. Oferece diversas opções de personalização e recursos específicos para jogos;
- Pixel Experience (Google Pixel): embora seja uma versão do “Stock Android”, oferece recursos exclusivos do Google, como integração avançada com o Gemini e funções aprimoradas de câmera.
Quais são os principais concorrentes do Android?
Estes são os principais sistemas operacionais concorrentes do Android:
- Apple iOS: sistema operacional proprietário da Apple, utilizado exclusivamente em iPhones;
- HarmonyOS: plataforma desenvolvida pela Huawei como alternativa ao Android após restrições comerciais. Disponível somente em dispositivos da marca na China;
- KaiOS: outro sistema operacional de código aberto. O KaiOS é uma alternativa ao Android para telefones mais básicos em mercados emergentes;
- Ubuntu Touch: plataforma de código aberto com participação limitada no mercado de celulares.
Qual é a diferença entre o Android puro e a One UI?
O Android puro, também conhecido como Android Stock, representa a versão original do sistema operacional desenvolvido pelo Google. Sem modificações feitas por fabricantes, ele entrega uma abordagem minimalista com interface limpa e intuitiva, foco em desempenho ágil e em atualizações de softwares rápidas.
O One UI é a interface de usuário personalizada baseada no Android criada pela Samsung para celulares e tablets Galaxy. Em destaque, a plataforma oferece um visual próprio com mais opção de personalização combinados com aplicativos proprietários e funções exclusivas.
Qual é a diferença entre Android e iOS?
O Android é um sistema operacional de código aberto desenvolvido pelo Google, disponível em celulares de diferentes marcas. Sua principal característica reside na alta capacidade de personalização, oferecendo aos usuários inúmeras opções de configuração e integração nativa com os serviços Google.
O iOS é um sistema operacional proprietário da Apple, exclusivo para iPhones. A plataforma se destaca pela combinação de uma interface de usuário intuitiva com foco em segurança e privacidade, além da integração com outros dispositivos e serviços do ecossistema Apple.
O Android é um sistema operacional open source?
Sim, o Android é um sistema operacional de código aberto baseado no kernel Linux. Isso significa que o código-fonte da plataforma está disponível para desenvolvedores, permitindo que o personalizem para atender às necessidades específicas.
A característica de código aberto é um dos pilares do sucesso do Android, ampliando sua adoção em diferentes dispositivos. Assim como ocorre com o kaiOS, a abertura permite que empresas e comunidades criem suas próprias versões e aumente a inovação em diversos segmentos.
