A Voke entrou no segmento de vendas diretas físicas de dispositivos móveis e PCs com a abertura de uma série de quiosques em shoppings na região da Grande São Paulo. São eles: Tatuapé, SP Market, Praça da Moça, Internacional de Guarulhos, Tietê Plaza, Campo Limo e Taboão. Em conversa exclusiva com Mobile Time, Rene Almeida, Co-CEO da companhia, explicou que a maioria dos pontos de vendas foram abertos nos últimos dez dias, exceto as unidades do Tatuapé e SP Market, que foram inauguradas ano passado em um primeiro momento de experimentação.
“Queremos ter uma estratégia phygital. No começo que tivemos com as duas lojas físicas iniciais (Tatuapé e SP Market), ficamos impressionados com o retorno. (No físico) é mais fácil passar para o cliente o que é um equipamento seminovo. O consumidor toca, testa, avalia. Tira o receio dele”, disse Almeida, ao detalhar que a loja presencial tem um papel de conscientizar sobre a possibilidade de uma compra boa e de qualidade.
“E tem uma estratégia phygital que é ele (cliente) olhar na loja e comprar no site e vice-versa. Também temos feito mais esforço de marketing para aumentar o nosso alcance”, completou, ao lembrar que a aposta no B2C ajuda na economia circular ao renovar um dispositivo e repassá-lo para um novo usuário, e apoiar o consumidor que não tem tanto poder aquisitivo para comprar um dispositivo novo.
Oferta da Voke
Inicialmente, a empresa aposta nessas localidades por não ter concorrência direta com outros do mercado de refurbished, ou seja, os shoppings não têm lojas de rivais. Posteriormente, a ideia é ir para outras cidades aproveitando aonde a companhia tem toda uma estrutura construída, como armazéns e centros logísticos, em São Paulo e interior, assim como o seu negócio B2B, que pode abastecer as lojas com equipamentos, e a empresa de trade-in Renov, que tem parceiros como Grupo Mateus e Gazin.
Nos quiosques, a companhia oferece smartphones, tablets e o seus carros-chefe, notebooks e notebooks gamers. Importante dizer que os clientes corporativos também podem ser atendidos no local. Entre as marcas disponíveis estão Dell, Lenovo e Apple em computadores. Em handsets são Motorola, Samsung e Apple. Se posicionando como uma one-stop-shop (loja que vende tudo para o consumidor), ela tem acessórios (películas, por exemplo) e serviços, como seguros.
Para o futuro no B2C, a Voke quer trazer mais opções de parcelamento para o cliente com parceiros do ecossistema de pagamentos. Atualmente, a compra parcelada é apenas por cartão de crédito.
B2B e B2C
Apesar da aposta no consumidor final, Almeida disse que o B2B ainda é mais forte e relevante na receita da empresa, uma vez que conta com uma união de várias empresas que foram adquiridas nos últimos anos. Um exemplo citado foi a Atta, uma empresa do interior de São Paulo que é focada no aluguel de tablets para segmentos como food service, em que um dos seus principais clientes é o Habib’s.
“O B2C é novo. Estamos com isso há quatro anos”, disse, lembrando que ainda representa um percentual pequeno, mas com grande potencial de crescimento. “Por exemplo, o mercado de seminovos em carros é quase 50% da receita de vendas de automóveis no País. O que mostra que o refurbished é relevante em outros modelos de negócios. Mas também é importante avançarmos para trazer circulação, rentabilizar e dar uma segunda vida ao ativo”, completou.
Imagem principal: Quiosque da Voke no Shopping Praça da Moça (divulgação)