MGI monta comitê consultivo de governo digital

O MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) divulgou na última semana o resultado do processo seletivo dos representantes do mercado, da academia e da sociedade civil para o Comitê Consultivo da Estratégia Nacional de Governo Digital, completando a sua composição. Entre as representações do segmento privado e da sociedade civil estão entidades que possuem posicionamento consolidado sobre medidas de conectividade, como o Idec (Instituto de Defesa de Consumidores) e a Brasscom, associação de empresas de TICs. 

De acordo com o órgão, o comitê será responsável por acompanhar a implantação da Estratégia, propor atualização das recomendações e incentivar iniciativas. A ideia é proporcionar avaliações periódicas dos resultados associados à implementação do acesso aos serviços públicos digitais. 

A Estratégia Nacional de Governo Digital em vigor estabelece recomendações para o período entre 2024 e 2027. Um dos objetivos da política é promover a infraestrutura digital, incluindo a recomendações aos entes federados de promover “conectividade pública, para acesso gratuito e facilitado a soluções de prestação de serviço digital pela sociedade, especialmente utilizando estrutura de canais de atendimento presencial e outros prédios e equipamentos públicos”.

Durante Consulta Pública sobre o tema, concluída no ano passado, a Brasscom sugeriu proporcionar o acesso aos serviços “por meio de subsídio direto ou custeio de dados patrocinados para acesso aos serviços da plataforma gov.br”. 

“Neste modelo, o órgão prestador do serviço público cobre os custos da conectividade especificamente para atender o acesso a suas plataformas. Nenhum cidadão, nestes casos, deixará de acessar um serviço essencial por falta de conectividade”, sugeriu a entidade na ocasião. 

O Idec, por sua vez, integra o grupo da ONU que discute as Infraestruturas Públicas Digitais. A associação vem defendendo medidas de proteção contra riscos de vazamento de dados, além de medidas de letramento digital. O instituto também compõe um conjunto de associações críticas ao modelo de limitação de pacote de dados oferecidos pelas operadoras, que é um dos pontos frequentemente discutidos no âmbito do acesso aos serviços públicos digitais. 

As associações estão em processo de definição de seus representantes. 

Composição do comitê

O comitê consultivo será presidido pelo MGI, e composto também por membros dos seguintes órgãos públicos: Ministério das Comunicações (MCom); Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Casa Civil da Presidência da República; Controladoria-Geral da União (CGU); Ministério da Saúde (MS); Ministério da Educação (MEC); Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e Escola Nacional de Administração Pública (Enap).

Veja abaixo as entidades selecionadas, por segmento:

Academia e comunidade científica:

  • Sociedade Brasileira de Computação – SBC
  • Especialista Marie Anne Macadar Moron

Municípios

  • Frente Nacional dos Prefeitos – FNP
  • Consorcio de Inovação na Gestão Pública – CIGA

Entes federativos

  • Associação Brasileira de Entidades Estaduais e Públicas de Tecnologia da Informação e Comunicação – ABEP-TIC
  • Conselho Nacional de Secretários de Estado da Administração – CONSAD

Setor privado

  • Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital – ABRID
  • Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Tecnologias Digitais – Brasscom

Sociedade Civil

  • Instituto de Defesa de Consumidores – IDEC
  • Movimento Brasil Competitivo – MBC 

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!

Rolar para cima